20 de outubro é considerado o Dia Mundial da Osteoporose. A data visa chamar atenção para o problema que, segundo dados da International Osteoporosis Foundation (IOF) — Fundação Internacional de Osteoporose, atinge cerca de dez milhões de pessoas no Brasil. Conforme divulgado pela Fundação, a cada três pacientes que sofreram fratura no quadril, um tem o diagnóstico de osteoporose; e deste número, um em cada cinco, recebe algum tipo de tratamento. Ainda de acordo com um estudo da IOF referente à América Latina, a incidência da doença no Brasil crescerá cerca de 32% em 35 anos, devido ao aumento da expectativa de vida da população.
O osso é um tecido vivo, composto principalmente de cálcio e proteínas. Ossos saudáveis estão sempre sendo remodelados; isto é, pequenas quantidades estão sendo absorvidas em seu corpo e pequenas quantidades estão sendo repostas.
Se mais cálcio do osso for absorvido do que substituído, a densidade ou a massa do osso é reduzida. O osso fica progressivamente mais fraco, aumentando o risco de quebrar.
Osteoporose significa "osso poroso". Essa condição se desenvolve quando o osso não é mais recolocado tão rapidamente quanto é removido.
CAUSA
Mais de 2 milhões de fraturas ocorrem relacionadas à osteoporose a cada ano. A maioria das pessoas não sabe que tem osteoporose até que ocorra uma fratura.
A causa médica exata para a osteoporose não é conhecida, mas vários fatores são conhecidos por causar a osteoporose, incluindo:
Envelhecimento;
Inatividade física;
Níveis reduzidos de estrogênio;
Hereditariedade;
Cortisona ou hormônio tireoidiano excessivo;
Fumar;
Ingestão excessiva de álcool;
A perda óssea tende a ocorrer mais na coluna vertebral, antebraço inferior acima do punho e fêmur superior ou coxa - o local das fraturas de quadril. Fraturas de coluna, de punho e de quadril são lesões comuns em pessoas idosas.
Uma perda gradual de massa óssea, geralmente começando por volta dos 35 anos, é um fato da vida de todos. Depois que o crescimento está completo, as mulheres perdem 30% a 50% de sua densidade óssea e os homens perdem 20% a 30%.
As mulheres perdem cálcio ósseo em um ritmo acelerado depois que entram na menopausa. Os períodos menstruais cessam porque o corpo da mulher produz menos hormônio estrogênio, que é importante para a manutenção da massa óssea ou da resistência óssea. Seu médico de família ou ginecologista pode avaliar e recomendar um programa de tratamento de terapia de reposição de estrogênio, calcitonina ou outros medicamentos. Para ser mais eficaz, o programa de tratamento deve começar na menopausa.
PREVENÇÃO
Embora a osteoporose ocorra em todas as pessoas à medida que envelhecem, a taxa de progressão e os efeitos podem ser modificados com diagnóstico precoce e tratamento adequado.
Durante o crescimento e a idade adulta jovem, a nutrição adequada de cálcio, vitamina D e exercícios regulares de levantamento de peso, caminhada, corrida e dança, três a quatro horas por semana, constroem ossos fortes e são investimentos na saúde óssea futura.
Fumar e consumir quantidades excessivas de álcool devem ser evitados porque aumentam a perda óssea. À medida que as pessoas envelhecem, a ingestão adequada de cálcio, vitamina D e exercícios regulares, bem como evitar o fumo e o uso excessivo de álcool, são necessários para reduzir a perda de massa óssea.
TRATAMENTO
Os médicos de família que trabalham com o seu cirurgião ortopédico podem avaliar se a densidade óssea foi reduzida e podem avaliar a causa da redução. O tratamento precoce da osteoporose é a forma mais eficaz de reduzir a perda óssea e prevenir fraturas. No entanto, os programas de tratamento após uma fratura também são valiosos e podem ajudar a prevenir fraturas futuras.
Os métodos de tratamento atuais podem reduzir a perda óssea, mas não existem métodos comprovados para restaurar o osso perdido. Construir ossos por meio da ingestão adequada de cálcio e exercícios quando você é jovem é um investimento que terá retorno anos mais tarde, com a redução do risco de fraturas de quadril e outras fraturas.
Na ortopedia, o maior problema encontrado são as falhas no tratamento das fraturas devido à qualidade óssea, que tornam a fixação dos implantes que temos atualmente, sejam as placas, parafusos, hastes e as próteses de substituição, extremamente difícil já que a qualidade óssea impede que os implantes convencionais que são utilizados em pacientes jovens sejam utilizados nesse grupo específico de pacientes.
Contudo, a ortopedia, especialmente a traumatologia, tem trabalhado muito no desenvolvimento de implantes e técnicas cirúrgicas a fim de proporcionar uma melhor fixação em um osso cuja qualidade óssea é prejudicada pela osteoporose.
Este artigo é fornecido como um serviço informativo e não substitui a orientação médica. Qualquer pessoa que procure aconselhamento ou assistência ortopédica específica deve consultar o seu cirurgião ortopédico ou agendar uma consulta no Centro Ortopédico Ipiranga clicando aqui.
Fonte: Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos e outros