Em 2017, Japão registrou pouco mais um décimo das mortes ocorridas no trânsito Brasileiro. (Print G1)
Vinte anos depois da implementação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o número de mortes em acidentes continua alto. Os levantamentos apontam para mais de 34 mil óbitos por ano no Brasil. Mesmo com um maior rigor nas Leis, os acidentes ainda são muito presentes.
Evoluímos na questão do cinto de segurança, que hoje é usado por grande parte das pessoas no banco da frente — embora ainda seja negligenciado no banco de trás —, mas precisamos de mais conscientização e educação.
Em 2016 foram 34.804 mortes no trânsito brasileiro. Mais que em 1998, quando o CTB entrou em vigor.
Em 1997, quando estava para ser aprovado, um artigo do CTB punia motociclistas que andavam entre dois carros. Mas o artigo foi vetado e o resultado atualmente é alarmante. O número de motociclistas mortos aumentou 11 vezes de 1997 para 2016.
E se o número de mortes é alto, imagine o número de feridos. Diariamente milhares de pessoas se machucam devido à imprudência no trânsito.
Enquanto no Brasil o cenário é preocupante, no Japão, em 2017, o número de mortes no trânsito bateu recorde de baixa: 3.694 mortes. O menor índice já registrado desde 1948.
Por lá a educação é exemplo. O respeito à sinalização só não é maior que o respeito ao pedestre. A prioridade é sempre o mais fraco, e isso inclui os ciclistas.
O Código de Trânsito do Japão é de 1960, mas sempre passa por revisões. A reforma de 2009, por exemplo, tornou o ato de beber e dirigir passível de perda definitiva da habilitação.
A próxima atualização já está em estudo e deverá punir com maior rigor quem usar o celular ao volante. Atualmente quem for pego pode pegar até 3 meses de prisão, mas pode passar para 1 ano na cadeia e multa de quase R$ 9.000,00.
Fonte: G1